quinta-feira, 5 de junho de 2008

E solitária, estava a bailarina girando e girando em sua caixinha de som.
Aquelas belas jóias sob sua performance, que ninguém mais as usaria. Iluminadas apenas por um pequeno abajur, enfeitavam o espaço vazio e sombrio onde a caixa foi deixada.

Triste era a música, porém não diferente da época passada. Um ambiente que sempre foi assim. E que nunca mudaria.

Mas quem ouviu aquele som melancólico a cada noite? Quem vivia naquele quarto?
Muitas vezes o próprio ambiente em que vivemos, diz muitas coisas sobre nós.
E na cama, ao lado da mesa da caixinha, havia um corpo deitado. Este, não estava morto ainda. Mas a alma, sim. Estava sufocada e perdida. Mas nem conseguia chorar.
Assim, morria junto com o corpo, o fracasso da tentativa de viver.