terça-feira, 10 de agosto de 2010

A cidade sem ninguém


Andando pelas ruas, pode-se ouvir os próprios passos. A noite é escura e gelada, há poucas pessoas nas ruas, que andam apressadas para seus destinos, com medo do perigo. Onde estão os prédios coloridos e iluminados? A única luz que se enxerga são de cada apartamento dos altos prédios da cidade.

Pessoas andam sérias, prestando atenção em cada passo que observa-se a sujeira da rua. Cada indivíduo, cada ícone, andam sozinhos sem conhecer ninguém ao seu lado e sem nenhum motivo para se importarem. Existe medo. Ou se conhecerem-se, selecionam aqueles que precisam para completar seu interesse. Se um dia sumirem, tanto faz, sempre tem outro pelo qual optar.

Procura-se por ânimo, por alegria e por companheirismo. O concreto atrapalha a visão de todos ao redor, pois os altos muros são para a segurança dos enclausurados; é a prisão espontânea. Os pensamentos ocupados por inúmeras tarefas atrapalham no prazer de caminhar e as mãos estão ocupadas por instrumentos e carregam objetos de valor, conquistados por esse árduo trabalho diário. É uma pena que um dia ficam velhos; estragam; e são substituídos.

A cidade sem ninguém. Viver metrópole. Por sua conta e risco.
"À noite, a cidade é silenciosa como o fundo do oceano
Eu continuo indo na estrada por mim mesma
Guiada por uma voz distante
Sempre seguindo silenciosamente a luz azul

Querido, eu me descobri por dentro
Mas meu espírito me chama
Não importa quão distante ou afastada, posso ouvi-lo

A luz dourada ilumina cada quarto
Eu ando em torno de esperar ele em qualquer lugar, certamente"
(Ninhyo Hime - Chobits)